Domingo 1 de Abril, seis e meia da matina! Hora do despertar. Não, não era mentira, apesar da data assim o sugerir, mas sim o princípio de mais um dia para acompanhar o Barreirense. Desta vez a viagem era bem longa, mais propriamente a São Bartolomeu de Messines, no Algarve, mas a intenção desta deslocação algarvia tinha a ver também com a visita a familiares que têm residência desde sempre naquela pequena vila. Juntou-se o útil ao agradável. Com os olhos meio entreabertos, a primeira paragem deu-se...no Barreiro!!! no primeiro café que estivésse aberto e assim foi, depois de encher o depósito, tanto o do carro, como o nosso, lá partimos em direcção à A2, até a área de serviço de Grândola, para esticar um pouco as pernas e fazer um chichizinho.

Sem demoras lá arrancámos em direcção ao sul e a chegada ao destino deu-se pouco depois das nove e meia, tempo ideal para matar saudades daqueles que não vemos todos os dias e aproveitar para contar todo o tipo de histórias. Um passeiozito pelo centro da vila foi o próximo passo, até fazer horas para o merecido descanso para almoço.

Aconselhado por perfeitos conhecedores do local, lá fomos até ao "Aliança" e para surpresa nossa adivinhem quem lá estava a almoçar? A equipa do Messinense. Ainda pensei: Será que faço aqui um acto terrorista atando uma bomba à minha cintura e o Barreirense conquista os 3 pontos por falta de comparência do adversário ou junto-me a eles e almoço com o inimigo? Bem, acabámos por optar pela 2ªhipótese e juntámo-nos à festa até que para surpresa nossa quem nos foi servir à mesa foi o presidente do Messinense!!, um gajo porreiro por acaso, onde trocámos ideias e desejos para o jogo. De estômago cheio, ainda passámos por casa da família para ir buscar um adepto adversário, para assistir a mais um jogo do nosso Barreirense.

Chegados ao estádio ainda deu para ver algumas caras conhecidas do Barreiro, poucas é certo, mas ficámos maiscontentes porque afinal pensávamos que seríamos os únicos. Do jogo já foi tudo dito, e após o mesmo, deu para ficar à conversa com alguns dos dirigentes barreirenses onde ficámos a saber que Carioca, o talentoso médio alvi-rubro, acreditou mesmo na nossa mentira de 1 Abril, a tal onde dizia que o clube iria ter "cheerleaders"... Foi a gargalhada geral.

Regressados a casa amiga, os últimos momentos em solo algarvio serviram para reabastecer o estômago com um petisquinho, que deglutimos com muito agrado. Mas a nossa hora tinha chegado, e depois das despedidas, o mais difícil foi mesmo conseguir retirar o carro das larguissímas ruas da vila, onde mesmo não tendo fita métrica, penso que pelo menos 2 metros tinham...

O regresso à A2 teve apenas uma paragem pelo meio, e depois só me lembro de ter chegado ao Barreiro ainda a tempo de ver a 2ªparte do Benfica-Porto. Só espero que ninguém da Brigada de Trânsito leia este diário...